quarta-feira, 24 de novembro de 2021

21.11.07

 

Tudo muda na vida da gente. Ainda ontem estaria escrevendo e opinando sobre os factos políticos que ocorrem na nossa vida coletiva. Agora caminhando na minha margem na travessia deste deserto sigo quase indiferente ao que leio e ouço. Nesta minha luta contra o mundo porquê não é o mundo que está contra mim, sou eu que estou contra este modelo de sociedade super egoísta num individualismo ganancioso e ultra liberal sem nexo, onde não me enquadro, onde dia a dia caminho sempre um passo mais distante, procurando as razões deste meu afastar dos padrões cegos e vazios que nos impõem sem darmos conta de que apenas somos marionetas nas mãos de uns poderosos sem rosto nem alma, que controlam a nossa existência coletiva.

Já são seis e quarenta e oito com o dia a clarear e aqui estou eu a desabafar com o meu telemóvel que é onde escrevo os meus estados de alma em revolta continua com o mundo que me rodeia e onde tento sobreviver à tona d'agua para poder continuar o meu caminhar, continuar a olhar a Natureza bela e poderosa onde vivemos sem a respeitar condignamente já que ela é também o meio no qual a vida da nossa espécie de Sapiens encontrou as condições de vida para poder evoluir.

E, porque hoje é domingo um dia absolutamente igual aos outros dias na vida de um reformado, vou-me levantar e preparar-me para a volta matinal de todas as manhãs com a minha amiga Sacha. Depois porque hoje é domingo a tradição manda que o rancho seja um pouco diferente, pelo que irei fazer um almoço diferente, apenas um pouco mais elaborado e doce também. Cozinhar é também um ato de relembrar alguns daqueles que já não se sentam à mesa mas que continuam na minha vida.


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