terça-feira, 23 de novembro de 2021

21.09.15

 

Mais uma vez o Rio Tejo e as suas crises de caudal são origem de tristes notícias. Agora com a expansão exponencial de algas verdes na barragem de Belver.

Não esquecendo a poluição industrial das suas águas, à qual se junta o problema que se agrava ano após ano da poluição química sem controlo superior dos agro-tóxicos (pesticidas) utilizados nas novas culturas intensivas ao longo do Rio e de alguns dos seus afluentes que crescem do dia para a noite e que face aos baixos caudais em épocas de estio mais prolongado contribuem de que maneira para a actual crise na qualidade da água.

Culpar os vizinhos espanhóis pelo caudal não resolve nada e só realça a natureza submissa do sr. Ministro. Os espanhóis têm a faca e o queijo na mesa deles. Quando eles começaram a fazer transvases do Rio Tajo para o Rio Segura a fim de com essa água alimentar as culturas intensivas e super intensivas na zona de Múrcia que pode o Governo português de então fazer? Nada! para além de uns comunicados a reclamar.

Quando se negociou com Espanha o caudal que eles teriam de dar do Tajo ao Tejo negociamos de calças em baixo e os nossos representantes já sabiam que junto à fronteira do concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco eles tinham em Alcantara uma grande albufeira como reservatório que alimenta o arrefecimento das Central Nuclear de Almaraz que continua sem solução à vista mesmo com todos os problemas que se vão conhecendo.

Claro que para os nossos representantes com as calças em baixo Almaraz fica muito longe já que eles viviam no litoral com bom ar condicionado e quem vier atrás que feche a porta que Bruxelas esperava por eles.

Apontar o dedo e desculpar-se com os vizinhos espanhóis é falta de visão e conhecimento lógico, já que o problema com o caudal que Espanha dá do seu Tajo ao nosso Tejo continua com o queijo e a faca na mesa deles que tem não só graves problemas de pluviosidade ao longo da bacia do Rio Tajo, como tem de manter o enorme reservatório em Alcântara para segurança de Almaraz, sendo que esta segurança é também necessária às populações portuguesas da raia na área transfronteiriça.

O sr. Ministro do Ambiente, as sras. Ministras quer da Coesão Territorial e da Agricultura, quer as suas vastas equipas de Secretários de Estado e Assessores sabem, não podem ignorar, que o problema do caudal de água na bacia nacional do Rio Tejo está muita mais nas nossas vossas mãos do que nas reuniões de trabalho com os vizinhos espanhóis. Não digam aos tristes avençados televisivos que já nomearam uma equipa de técnicos para analisar e discutir com os nossos vizinhos.

Tenham coragem. Actualizem os estudos já realizados, deixem-se de novos estudos que o país não sobrevive só com estudos e as águas assim como as suas margens não têm qualquer filiação partidária. Vamos chegar ao fim do verão e o tal estudo que o sr. Ministro anunciou não vai conhecer a luz do dia. É preciso acção e realização sabendo-se de antemão que irão haver vozes discordantes de “pseudo ambientalistas” de ar condicionado que tudo farão para atrasar o que há muito deveria estar concluído, a tão necessária barragem do Alvito no Rio Ocreza, afluente nacional da margem direita do Rio Tejo que nasce na Serra da Gardunha e cujos estudos já realizados prevê uma albufeira reservatório idêntica à de Castelo de Bode, salvaguardando quer o futuro caudal do Rio Tejo como alimentando de regadio vasta zona que incluiu terras do Alto Alentejo.

Deixem-se de desculpas sem lógica, ponham as vossas equipas de Secretários de Estado e de assessores avençados a trabalhar no campo da realização da Barragem do Alvito no Rio Ocreza. Está nas nossas mãos a solução e dinheiro não falta já que o sr. Primeiro Ministro não se cansa de o enunciar e pedir projectos com sustentabilidade nacional.


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