quarta-feira, 24 de novembro de 2021

21.10.12

No meu canto caminho. O Sol reaparece sempre dos lados de Espanha há muitos anos ainda a Península era habitada por outros povos outras gentes já o rei Sol aparecia daqueles lados. Durante muitos anos se dizia por estas terras de um jardim à beira mar situado meio destruído pela ganância e ambição humana, que daqueles lados de Espanha "nem bons ventos nem bons casamentos".

Pois é, o país que então era um Reino com tantos casamentos entre fidalgos de um lado e do outro nem sempre teve sorte com essas uniões matrimoniais impostas e ambiciosas, já que havia sempre a ambição de com essas uniões poderem os reis de um lado e do outro ocuparem o trono do outro, que pelas armas as coisas sempre se apresentaram complicadas e difíceis. E terá sido em mais um casamento interesseiro que o desgraçado do Rei D. Manuel I quis casar com a Infanta Maria filha dos Reis de Aragão e Castela, também chamados de Reis Católicos. A Infanta Maria também ela fervorosa adepta da Inquisição que corria por aquelas terras de Aragão e Castela só aceitou o ambicioso Rei Português se este proibisse a existência no Reino de Portugal dos Judeus sefarditas, que há séculos viviam pacificamente por cá, sujeitos a algumas restrições de liberdade, sendo inclusive algumas dessas famílias judias sefarditas homens de confiança dos nossos Reis para a cobrança já naquele tempo dos impostos e taxas reais. D. Manuel que vinha contornando os pedidos quer dos tais Reis Católicos de Aragão e Castela e do próprio Clero português andava doido por casar com a Infanta Maria e mais ainda de com ela dormir na esperança de poder ter descendente varão e capaz de unir aqueles reinos ao de Portugal. Doido que andava por cópular com a Infanta cedeu e deu início à expulsão, à perseguição e conversação compulsiva de todos os Judeus sefarditas. Um casamento que durante três séculos impôs ao Reino a Inquisição com os seus autos de fé onde predominava a presunção de culpado para todos os que levantassem dúvidas e invejas ao poder que o Clero tinha junto da Casa Real.

Três séculos em que do apogeu económico dos descobrimentos com as suas luzes do conhecimento caímos no esquecimento histórico definhando economicamente vivendo acima das nossas possibilidades. Situação que nem a Republica conseguiu inverter chegando ao ponto de um nomeado Presidente atual classificar a noite negra de 1933 a 1974 como um tempo de era constitucional.

Mas nem todos os casamentos da fidalguia foram maus para o Reino. Fidalgas galegas, inglesas e castelhana desempenharam papel importante no estabelecimento da nossa independência como reino, como nação e país que somos.

(Imagens da Net)


 


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