quarta-feira, 24 de novembro de 2021

21.11.21

Nasci em Dezembro de 1950. Não me lembro de ter nascido mas meus pais registaram-me e garantiram-me a data do nascimento, assim como o ter apanhado todas as vacinas daquela época.

Teria os meus cinco anos quando estive muito doente a ponto de me contarem que já preparavam a mortalha. Salvei-me quando o Dr. Rui de Moscavide decidiu dar-me injeções de penicilina. E por cá ainda caminho, tresmalhado é certo mas vou andando sempre a caminhar no meu passo.

Formei-me na juventude junto ao mar da cidade de Peniche.

Quando andava na Escola em Peniche um dia mandaram-nos ficar em fila e deitar a língua de fora para nela nos colocarem duas gotinhas. Se não erro nem estou equivocado, assim foi tomada a vacina contra a poliomielite. Os pais souberam depois de já a termos tomado.

Terminada a Escola em Peniche voltei para a cidade de Lisboa, onde tinha nascido, para continuar os estudos.

No Instituto Comercial não me lembro de ser necessário qualquer vacina ou "chapa aos pulmões". Talvez existisse mas não me lembro.

Já na recruta do serviço militar numa sexta feira tomamos todos mais uma vacina que era um cocktail desconhecido para nós. Sem efeitos secundários no final de semana, com os casados a garantirem quando regressamos ao quartel que a desconhecida vacina não tinha cânfora.

Mais tarde em Viana do Castelo dias antes de embarcarmos rumo a Angola levamos dose de vacinas contra a Cólera, depois de termos levado a da Febre Amarela e a da Varíola. Mas logo que os responsáveis viraram costas bebeu-se uma garrafa de Porto. Diziam as más línguas que o vinho do Porto cortava os efeitos da vacina.

Já no Mumbué, leste de Angola, depressa deixei de tomar o comprimido para evitarmos o paludismo. Ficar doente ou fazer a circuncisão eram as alternativas a umas semanas sem ter de alinhar nas constantes operações de três e cinco dias no mato com as desgraçadas rações de combate às costas atrás do inimigo. Quando o Comando do Batalhão se inteirou do número de soldados da Companhia que fizeram a circuncisão logo deu instruções para que tal não fosse permitido. Não apanhei paludismo e só fui ao hospital de Silva Porto, hoje Bié, para as minhas averiguações em algum "auto de corpo delito" que tinha de elaborar.

Terminado o serviço militar voltei a estudar à noite e aquando das matrículas tinha de apresentar o boletim de vacinas atualizado, sempre me desenrasquei.

Trabalhei a década de oitenta na área administrativa e financeira de um laboratório farmacêutico onde muito aprendi com os antigos farmacêuticos. Nessa empresa quando o Chefe de Serviço de Pessoal notou que eu sempre tinha reuniões fora no dia em que a carrinha do Rx aos pulmões ia à empresa, conseguiu junto do Diretor Geral que o ordenado só me fosse creditado quando eu apresentasse o referido Rx e, lá tive de me deslocar à Praça do Chile fazer o referido exame.

As minhas filhas tomaram ou apanharam todas as vacinas do Plano Nacional.

Já o Centro de Saúde andou atrás de mim para terminar de tomar a vacina contra o tétano até que a enfermeira me apanhou a tratar do penso após cirurgia hospitalar e logo me deu a referida dose e naquele ano a da gripe também. Foi a última vacina contra a gripe que tomei.

Depois desse ano não mais a tomei. Em vez da vacina todos os dias antes de sair para a rua com a minha amiga tomo uma colher de mel que compro ao produtor na Zebreira. Depois inicio o pequeno almoço comendo uma laranja e durante o dia bebo sumo de limão diluído em água. Não me exponho a ambientes aquecidos e assim não me tenho dado mal. E o atual uso de mascara é mais uma proteção. Tomar a vacina da gripe em Outubro ou mesmo nesta altura é na minha modesta e ignorante opinião um erro, pois que os meses de maior frio são por tradição Dezembro, Janeiro, Fevereiro e mesmo Março. Os que foram a correr em Outubro apanhar a vacina quando chegarmos ao tempo mais frio já andarão com a imunidades aos vírus da gripe em baixo. Mas somos livres, temos direitos e ainda crédito no exterior, porra.

Quanto às tão faladas e discutidas vacinas covid-19 apanhei as duas doses da AstraZeneca quando me marcaram o dia e a hora. Não senti nenhum efeito. Diz-me um amigo que aos ruins nada acontece. Talvez seja isso.

A minha apreensão neste tempo de agora é porque ao ter de tomar este novo reforço não continuo com a mesma, ou seja AstraZeneca. Que culpa tenho eu e outros como eu, que um político amante troikano ultraliberal em Bruxelas não tenha sabido negociar bem com a empresa produtora da vacina e, em vez de reconhecer a sua incompetência e zarpado do cargo ainda levou os seus pares a cortar com a empresa AstraZeneca. E como os nossos políticos são submissos a Bruxelas… não têm agora AstraZeneca. Preciso de tempo para aceitar o reforço já que não me agrada ter de tomar uma das vacinas americanas. Talvez me predisponha a fazer um teste de análise à imunidade ao vírus para decidir se tenho necessidade de levar já novo reforço. Este era o teste que deveria ser posto à nossa disposição pelo SNS antes de andarmos meio às cegas a fugir do vírus inimigo, garantindo chorudos rendimentos ao capital das empresas produtoras das vacinas.

Independentemente da minha fraca disposição para as vacinas, há nesta situação coisas que não me agradam, já que é mais uma vez o "Zé Contribuinte", ou seja, o fator trabalho a pagar o custo deste investimento público cujo último beneficiário é o capital financeiro como já vimos com a valorização bolsista das duas empresas americanas. O exemplo do sr. Albert Bruce Sabin (judeu-russo ou polaco-americano) deve estar a fazer rir às gargalhadas os homens do capital actual que estão por detrás de todas as empresas produtoras de vacinas esfregando as mãos com os brutais resultados alcançados à custa do fdp do vírus que veio da China.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.