quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

22.08.06

 

Ao acordar fez as contas às horas dormidas. Mais uma hora do que as habituais seis dos últimos dias. As noites com o avançar dos ponteiros do relógio ficam mais amenas, entrando o fresco pelas janelas abertas. Esta é uma das vantagens que o interior ainda nos dá, o descanso em segurança. É certo que se alguém entrar no quintal a Sacha da sinal com o seu ladrar que mete respeito ao mais aventureiro.


Ao ver as capas dos jornais chamou-me a atenção no Público mais uma notícia sobre judeus sefarditas.

Como aos sábados gosto de ir ao mercado na Idanha lá fui com a curiosidade acrescida de ser dia de Mercado-Bio. Nas outras vezes vi um mercado sem clientela mas lá comprei umas hortaliças. Hoje a cena repetiu-se. É certo que havia mais vendedores nas bancas, mas o cenário da clientela era idêntico, acumulando-se junto às duas bancas de entrada onde não se vendem produtos ditos "bio".

Ao passar no Intermarché comprei o Público. Nem imaginava que custasse 400 escudos🙂. Perdi o conto ao tempo que levei sem comprar um jornal em papel.

Depois de almoçar e antes de começar a ler o Público entrei aqui no Facebook. Entrei e vi logo uma publicidade do Município de Idanha à realização do Mercado Bio da manhã. Estaria tudo bem se nas fotos não incluísse as bancas dos vendedores que nada tem a ver com a promoção dos produtos com designação "bio". À mulher de César não lhe basta ser séria…

Depois, peguei no jornal e senti-me bem. Ler em papel é muito diferente para melhor do que ler em ecrã de computador. Li de fio a pavio o jornal, embora alguns artigos de gente que me causa urticária mais rapidamente. Sobre o tal judeu sefardita que agora também é português, sabem muito ou quase tudo sobre o seu passado na Mossad (polícia secreta israelita) onde foi líder da mesma. O homem é agora empresário e tem uma empresa com projeto aprovado pelo Município de Vila de Rei para ali produzir produtos farmacêuticos à base de cannabis. Embora esteja há uns anos à espera de autorização pelo Infarmed, o articulista realça amiúde a sua condição de ex-chefe da Mossad. Lembrei-me que já tivemos um colaborador da PIDE-DGS que chegou a primeiro ministro e a presidente da República. Voltando ao empresário agora sefardita e português com outros sócios judeus agora também portugueses, será que a sua paciência de sefarditas irá aguentar a demora do Infarmed? Os 100 postos de trabalho de mão-de-obra qualificada envolvidos no projeto em Vila de Rei não interessam à Coesão Territorial tão apregoada em palavras e discursos? A ver vamos…

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