quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

22.09.08

 

Depois de começar a semana a visitar a Feira do Livro de Lisboa acompanhado da neta mais velha nos seus ainda treze anos, de ir olhar o mar no Oeste Penicheiro na companhia de um casal amigo emigrado no Canadá, de ir à consulta semestral de controle do indicador "psa" no HVFX, colocou a Citroën em marcha viajando até ao seu canto raiano. Mais uma viagem, no seu passo sem pressa não andando devagar.

Passa ao lado do ruído gerado por enunciadas medidas governamentais sobre a atual situação económica e social das famílias.

Passa ao lado porque não acredita que a amizade possa ser fator de competência. Ora o atual governo de maioria é um palácio onde predominam amigos fiéis ao chefe e alguns previsíveis oposicionistas internos, sendo que o lugar do mais importante Ministério desta filial da UE, foi dado a um amigo fiel ao chefe. Amigo que por onde passou na sua longa vida política governativa deixou rabos de palha mal esclarecidos. Foi medíocre como secretário de estado da indústria no segundo governo de Sócrates (acompanhou o ministro do primeiro para o segundo governo); por amizades e compadrio passou depois como presidente do maior e mais importante Município com uma nota de sofrível (tais os rabos de palha que gerou), para depois de perder eleição para um Moedas sem cotação cambial, é nomeado ministro das finanças por vontade do chefe que vê nele um "yes chefe", para o cumprimento das ordens emanadas por burocratas neoliberais em Bruxelas, eles próprios representantes submissos dos falcões imperialistas na outra margem do oceano Atlântico.

Como há muito deixei de cantar "cá vamos cantando e rindo" pouco ou nada espero de bom da gente que governando o país nos leva cantando e rindo para o empobrecimento coletivo. Caminhando na outra margem penso: no tempo da noite negra salazarenta o virtual Império tinha como "donos" uma meia dúzia de famílias que viviam anafadamente à sombra do chapéu corporativista da lei do condicionamento industrial salazarenta, e, agora quantas são de novo as famílias donas deste retângulo a beira mar numa democracia novembrista boa aluna do liberalismo bruxeliano, onde os brandos costumes e as públicas virtudes do pensamento único de outrora estão de novo em alta. Serão meia dúzia ou uma dezena, nelas incluindo algumas ordens profissionais corporativistas?

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