segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

22.11.13

 

O Sol já brilha no céu. Vê-o aparecer por detrás do telhado da vizinha no outro lado da estrada nacional. Já deveria estar na rua com a Sacha mas esteve a acabar de escrever o que ontem à tarde começou num momento em que a solidão bateu à porta. Foi a segunda vez que sentiu a sua presença à porta, como que lhe anunciando o que o espera se decidir viver por cá.

Antes de sair abriu as portadas das janelas para o Sol entrar e aquecer o quarto da frente e a sala.

Depois de deixar a Sacha correr à vontade na quelha onde tem o chão da Horta que o seu pai lhes deixou, olhou as oliveiras todas elas espigadas em direção ao céu sem que se vislumbre alguma azeitona. Nunca as viu assim. Pensa, com os seus botões, que o adubo que lhes deitou talvez tenha sido em excesso e daí todos aqueles ramos a crescerem em direção ao céu. Quando voltar em Janeiro vai ter muito trabalho a limpá-las, sendo que será mais um ano em que aquelas oliveiras não irão ter bastantes azeitonas.

Depois do pequeno almoço pegou no sacho, arrancou os tomateiros secos dos vasos e revolveu a terra dos canteiros. Onde teve os tomates cereja, tirou os vasos e plantou bolbos de flores. Limpou algumas ervas arrancando-as à mão pois a terra está húmida e assim é fácil arrancar aquelas espécies daninhas que cheiram mal quando nelas se toca. Tomou banho, vestiu-se para depois ir até ao magusto que ocorre na aldeia como forma de patrocínio aos festeiros do Santo Isidro. Na sexta-feira foi até Segura e hoje é na Zebreira. Estranhou ao ver tão pouca adesão. Um amigo tentou-lhe explicar possíveis razões. Não quer entrar nessas questões pois não conhece os problemas existentes com o pessoal da etnia cigana que já são mais do que os naturais. Tem ideias mas cala-se porque as suas ideias podem ser teorias impraticáveis, como tal o melhor é não dizer nada para não errar.

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