domingo, 19 de março de 2023

07.02.23

 Dormiu de um sono só as suas cinco a seis horas. Sentado na sua velha cama de ferro, tomando as suas notas, fecha os olhos e deixa-se entrar no mundo dos "ses" sabendo que não há volta a dar.

E já passaram 12 horas desde que se levantou. Depois de mais um dia no campo de volta das oliveiras, andou à tarde de volta no quintal dando volta ao abrigo onde guardou a lenha de azinho que comprou à dois anos e que hoje acabou. Acendeu a salamandra, ouve a Antena 2 e escreve. Hoje o dia com algum vento de leste acabou por ser mais frio que os anteriores, quando a temperatura mínima até foi superior. Logo de manhã ao iniciar o trabalho com o serrote ao cortar um tronco quase seco que dava para a quelha o serrote manual apanhou-lhe o dedo anelar da mão esquerda, conseguindo estancar o sangue com um lenço de papel para poder continuar o trabalho. Teve sorte por o corte ser leve. Espera que mesmo não vá infetar, embora o incomode de dor.

É assim a sua vida de solitário aqui na aldeia, sentindo a paz quando está no campo e parando por momentos para ouvir e sentir essa mesma paz longe da confusão citadina, longe das peripécias políticas nacionais e internacionais, embora elas também existam aqui ao nível local. Está a sentir-se cansado, desiludido com o caminho com que a política conduz a vida. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.