sábado, 11 de março de 2023

22.12.09

 

Desde 2014 até 2022 quantos anos não foram de seca, isto é, quantos anos choveu o suficiente para renovar as nascentes e os rios subterrâneos que dão vida às árvores, às plantas pela humidade que garantem ao subsolo para que o ser humano possa tirar da terra o seu sustento?

São as água das chuvas que alimentam as nascentes de fontes, rios e ribeiros onde no leito desses rios e ribeiros o Homem constrói barragens para fazer face aos previsíveis e incertos anos de seca. Quantos anos não foram de seca, ou é preciso chegarmos a seca extrema para a mesma seja considerada?

Sem água da chuva não haveria vida no Planeta.

As barragens enchem pela água dos rios e ribeiros não unicamente pela água da chuva. A água da chuva apenas ajuda. Não se constroem barragens no cimo dos montes ou em planaltos onde não haja cursos de água.

Não choveu demasiado, apenas choveu muito, e, logo se pôs a nu, o mau planeamento urbanístico e hidrográfico do território na cidade grande e suas cidades satélites ou dormitórios, assim como em outras zonas do país onde choveu um pouco mais que o habitual dos últimos anos, de seca.

Temos um território que a Natureza dotou como jardim à beira mar, mas que ao longo dos quase nove séculos de existência o povo que nele habita o vem paulatinamente destruindo, salvaguardando-se neste desastre alguns poucos governantes Monárquicos e Republicanos que tentaram dar ordem à anarquia reinante. Os governantes dos últimos anos ao apostarem numa economia com base no betão forte e feio, desrespeitaram pela ganância do lucro fácil, as antigas linhas de água que estão secas pela pouca chuva que ciclicamente tem caído, mas que quando chove um pouco mais voltam a ser ribeiras onde a força das gotas de água unidas em correria tudo arrastam.

Segundo ouvi, projeto para renovação dos túneis de escoamento das águas pluviais existem desde 2004 (eng. Carmona Rodrigues). Já os milhões necessários às obras de engenharia para minimizar efeitos de um pouco mais de chuva, tem sido desperdiçados e desviados para obras faraónicas, para alimentar a má gestão que uma classe de banqueiros parasitas tem levado a cabo, rindo-se nas barbas do povo, para financiar órgãos de comunicação televisiva alienantes de pensamento único inimigos que são do contraditório democrático, milhões gastos para financiar gabinetes de juristas e consultores com estudos e mais estudos, pareceres e mais pareceres que se acumulam de pó nas gavetas e arquivos do poder governativo, pondo a nu a impreparação e a falta da capacidade de decisão da classe política que nos tem governado.

(Foto da net)

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