sábado, 11 de março de 2023

22.12.13

 

Pobre gente do meu país que a cada dia vai ficando mais pobre, convencidos que são primeiro mundo. Só se invertermos a escala e mesmo assim não chegamos lá

É uma presidência da República que custa rios de dinheiro julgando ser uma monarquia tal o dinheiro que consome, longe vão os tempos em que os primeiros presidentes da Republica pagavam uma renda por viver no palácio; são os governos com os seus adjuntos e secretários, os seus ministérios com mais adjuntos, secretários, são secretarias de estado, subsecretarias de estado, todas com mais adjuntos e secretários, são as direções regionais e sub direções regionais todas com mais adjuntos e secretários, sem esquecer os deputados com os seus gabinetes de adjuntos e secretários de apoio à função, vindo depois as câmaras municipais com os seus presidentes viajando em carros de alta gama, vereadores com funções que têm os seus gabinetes recheados quantas vezes de pessoal para apoio à função, mesmo quando não tem pelouros distribuídos, são os departamentos camarários com diretores, subdiretores e chefias, aos quais há a juntar as empresas camarárias onde se empregam mais uns quantos amigos, para quase no fim termos as juntas de freguesia sem poder nem capacidade de fazer alguma coisa que não seja adaptar-se ao poder discricionário de quem dirige a câmara municipal; existindo ainda na sombra governativa as comissões disto e daquilo, mais os observatórios, mais os institutos e gabinetes de planeamento (uns e outros crescem na sombra como cogumelos venenosos), sem esquecermos as variadíssimas entidades reguladoras, e os gabinetes de assessores e consultores amigos designados com nome e imagem no mercado.

Depois desta infinita panóplia de altíssimos custos temos o pessoal menor, o pessoal que trabalha a máquina do Estado desmotivado, descrente, não só por falta de incentivo mas porque as chefias superiores preocupadas com a aparência não sabem dirigir nem mandar, porque a grande maioria não sabem como se faz o trabalho, refugiando-se em reformas sem nexo, em pedidos de estudos e pareceres aos tais gabinetes de juristas e ou consultores conhecidos do partido que tem nome e imagem no mercado.

Neste círculo vicioso de custos e mais gastos improdutivos se vão os impostos arrecadados aos que trabalham e aos que já trabalharam. As migalhas que sobram das más decisões políticas são cada dia mais curtas, recorrendo os espertos governativos ao financiamento através do endividamento público, para manter nos cidadãos a ilusão que vivem no tal primeiro mundo existente cada ano mais distante, vivendo o país ano a ano mais dependente das ajudas dos amigos(?) que um dia mais tarde lhe irão cobrar todas as ajudas e mais algumas.

O país vai de carrinho, cantando e rindo a caminho da pobreza porque essa coisa de independência económica e social é coisa de líricos utópicos que fazem barulho mas não incomodam.





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