segunda-feira, 20 de março de 2023

08.02.23

 


Passou os olhos pelas capas dos jornais, duvidou e voltou a relê-las com mais atenção. Como não conseguiu ver nenhuma notícia, nenhuma chamada de atenção sobre a inglória guerra que ocorre no leste europeu e sabendo ele que a mesma continua a matar muitos infelizes inocentes, sorriu de tristeza pela forma como hoje a comunicação social publica escritos, publica fotos chamariz de misérias classificadas de sensacionalistas num "copy and paste" do que lhe mandam ou ordenam as centrais de informação e os seus donos conversos.

Chamou-lhe a atenção, não se admirando, os prejuízos anunciados para a rádio e televisão pública. A tutela que superintende os destinos da empresa há muito que dá mostras de a assassinar já que privatiza-la apresenta-se complicado mas não tão difícil assim, seguindo a política que levou à privatização de outras empresas públicas onde paulatinamente os governos do "centrão" nomearam altos gestores de bons fatos e gravata para as irem destruindo patrimonialmente, sempre sobre a supervisão superior dos interesses liberais e neoliberais dos amigos que vivem nos corredores de Bruxelas, exemplos não nos faltam infelizmente. Na verdade a televisão pública está uma miséria de qualidade informativa e não só, não se apresentando como alternativa aos cidadãos que não veem os canais privados dos patrões conversos.

Vivemos rodeados de histórias de milhões. Milhões para tudo, indemnizações, lucros, prejuízos, obras faraónicas inúteis, bónus dados e previsíveis, compensações ao Novo Banco, e até para a guerra nos mandam "os senhores da guerra" dar milhões, sendo que no bolso da maioria dos pacatos cidadãos trabalhadores, reformados e pensionistas cada dia o dinheiro no bolso é menor, cada dia as contas do orçamento familiar são mais e mais complicadas, às vezes sem solução positiva. Lentamente vamos empobrecendo coletivamente, numa alegre democrática versão atualizada do "Tudo A Bem Da Nação" e porque estamos em tempo de Carnaval há que foliar porque misérias não pagam dívidas, amanhã será outro dia e logo se verá como regularizar a vida mais do que as dívidas.

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