domingo, 14 de janeiro de 2024

09.11.23


 

O telemóvel em duas consultas ao tempo diz-me que vamos ter um dia limpo de chuva com sol até ao final da tarde. A temperatura mínima subiu para os dez graus.

Quando o despertador acordou já estava levantado. Gosto de ver as páginas dos jornais e olhar algumas opiniões publicadas no Facebook e Whatsapp. É este o modo de ir sabendo como roda a vida e os golpes de baixa política que se dão lá pela cidade grande e arredores. Das guerras fratricidas fugi, não por covardia ou medo mas por ser um defensor da paz e do diálogo entre todos, sem ser um pacifista prefiro a paz e o diálogo à guerra, sabendo que nenhuma das notícias difundidas pelos órgãos afetos à falácia do poder ocidental é verdadeira. A verdade em qualquer guerra é sempre a primeira a desertar. Os dois aparelhos televisivos têm estado e vão continuar mudos. Já não sou deste rebanho que vive grudado em tal aparelho ouvindo a voz dos donos emitida por papagaios e catatuas sem penas nas difusão das verdades à moda de Bilderberg, Goldman Sachs, JPMorgan Chase & Co e outros mais pequenos mas de venenosos objetivos iguais. Sou um ser tresmalhado, consciente do meu isolamento fiel ao ser republicano muito mais à esquerda que ao centro híbrido que nos tem governado e desgovernado, sou um crítico a esta merda de União Europeia vendida e sabuja ao poder do imperialismo americano. Fiel à minha juventude quando em manifestações pela cidade grande gritava "nem nato, nem pacto de varsóvia, independência nacional", sou um velho sem velhice, português, ibérico, europeu do Sul, que olha as mãos negras com dedos gretados por andar a apanhar azeitona para fazer azeite para si, filhas e primo, um trabalho duro que castiga o corpo mais habituado às leituras, pensando na alegria que meus pais sentirão pelo filho mais novo não ter abandonado a casa o chão que lhe deixaram e acrescentar dois terrenos com oliveiras bem maiores do que o que lhe deixaram. É por gostar de ainda trabalhar quando as dores do corpo me aconselham o repouso que lhes nego na esperança de que a velhice não ocupe espaço no meu ser tresmalhado, podendo desta forma ter um azeite natural obtido em oliveiras em cultura extensiva quase todas mais que centenárias onde os químicos há muitos muitos anos não são utilizados.

Azeite Natural e não biológico, porque natural e biológico são coisas distintas e essa coisa de biológico é mais uma criação do marketing fiel ao tirano deus do Mercado de que como tresmalhado não comungo.



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