segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

21.06.23

 

Ao abrir o computador para observar os e-mails recebidos e escolher os que ia ler, vi que já tinha o relatório do tac que tinha efetuado na passada sexta-feira, dia 16, aos ouvidos a pedido da Médica de Família.

Imprimi o relatório e li-o sem entender o significado da maior parte das palavras constantes do mesmo, ainda me atrevi a consultar no Google o significado de umas determinadas células, mas depressa desisti porque um ignorante a querer perceber o que não sabe nem o Google me ensina só pode criar mais duvidas do que as já existentes em mim. Contudo, parece-me que vou continuar a viver com a «martelada auricular direita do tum tum cadenciado» assim como o acentuar da perda de audição, recusando-me por em quanto a usar qualquer aparelho auditivo que o mercado oferece, antes de obter um veredito assim como o aconselhamento médico sobre o problema.


Ao acordar esta manhã sentado na beira da cama lembrei-me de como acordei na madrugada de sábado passado.

Tinha comprado online os bilhetes do comboio Alfa da Estação do Oriente para Loulé. Na noite de sexta feira antes de me deitar verifiquei que os bilhetes que tinha imprimido estavam na mala, que os livros a carteira e os óculos de ver ao perto também já estavam assim como a pequena máquina fotográfica Lumix que eles, filha e genro lhe tinham dado, só faltava a garrafa de água e os limões. Deitei-me na minha hora habitual, pelas 23 horas. Contudo, o sono deveria ter ido beber um copo à algum sitio pois não me transportava para o mundo do repouso. De olhos fechados aguardando a chegada de Morfeu dei pela companheira se deitar e começar no seu respirar-ressonar de dormir enquanto eu procurava encontrar o sono que não chegava. Alarmei-me quando dei conta de que não tinha ativado o despertador do telemóvel, e lá se foi o sono que estava a chegar tendo de correr atrás dele depois de ativar o despertador. Acordei a meio da noite para a ida habitual do urinar. Fiz as viagens de ida e regresso à cama de olhos fechados com medo de acordar e não me deixar dormir para acordar com o despertador.

Dormia quando senti uma mão a bater-me no ombro. Olhei as horas no telemóvel faltando uns minutos para o desencadear do despertador. Acordei como gosto de acordar, sempre um pouco antes do despertador ativar o som do telemóvel. Olhei a companheira que continuava dormindo um sono ferrado. Não foi ela que me terá batido no ombro para acordar, quem terá sido?


A consulta de cardiologia estava agendada para as 15H10. A companheira disse-me que não precisava de ir apanhar o comboio suburbano ou o regional das 13H54, ela levar-me-ia. Almoçamos quase à hora normal. Não bebi café. Depois de lavar os dentes, vesti-me colocando na pasta que iria levar o dossier de cardiologia, a garrafa com água, o novo livro que comecei a ler "Nunca Te Esqueças Das Flores" do japonês Genki Kawamura, a carteira e óculos de ver ao perto. Preparado dirigi-me à sala onde ela logo começou a criticar por ainda serem 14H10 bastando saírem por volta das 14H30, ao que calmamente lhe perguntei se tinha dito alguma coisa e sentei-me no sofá, fechando os olhos desligando de tudo até pressentir que ela estava pronta, levantei-me e junto à porta de saída enfiei os pés nos sapatos e descemos. Não olhei as horas para não me incomodar pois seria normal irmos encontrar bastante trânsito depois do Campo Grande com os semáforos na Avenida da República. Chegado ao hospital de Santa Marta tirei a senha de confirmação de presença eram 15H06 em cima da hora marcada, embora como é habitual as consultas hospitalares sofrem sempre atrasos consideráveis. Sentado na sala de espera tirei o livro, coloquei os óculos e fui lendo até que ouvi chamar o meu nome para o “gabinete 5”. O médico depois de ter terminado o telefonema que estava atendendo quando entrei no gabinete saudou-me perguntando se tinha feito a prova de esforço e de imediato começou a observar a mesma no ecrã do computador. Como o ritmo do coração acompanha o esforço desenvolvido, disse-me não ser o coração a causa do cansaço. Entregou-me depois um envelope para dar à minha médica de família. Terei de emagrecer e não levar a vida sedentária que levo nesta cidade dormitório da cidade grande, não esquecendo o peso dos meus 72 anos de idade, acrescidos dos erros que cometi ao longo da caminhada.

Saí do hospital satisfeito e pela Rua de Santa Marta fui andando por aquele passeio agora tão estreito para que possa haver carros estacionados no lado direito da rua, servindo o trânsito no sentido descendente.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.