domingo, 14 de janeiro de 2024

15.11.23

 

Mais um dia que recomeça nesta oportunidade que é a vida; um dia em que saúdo todos os presentes invisíveis na minha vida de solitário, caminhando tresmalhado contra o mundo ciente de que sendo um quase nada já pouco conto para os poderosos, nem mesmo para os outros que se limitam a catalogar-me de extremista, de radical, de um triste desenquadrado, não os ouvindo sigo o meu caminho nos passos que vou dando enquanto tiver forças e o cérebro não sofrer de nenhuma anomalia.

O dia foi duro de trabalho. Não eram ainda sete e meia, já as orelhas da Sacha davam sinal que eles tinham chegado, daí ao começar a ladrar foi um infinitésimo de segundo. Uma manhã onde o nevoeiro da madrugada e manhã deixou tudo molhado no campo. Estendidos os panais começou a faina com o Zé a cortar os ramos para nós tirarmos as azeitonas à mão. As oliveiras foram limpas há pelo menos quatro anos e há dois anos quando fiz pela primeira vez azeite a maior parte não foi colhida porque já tinha azeitona suficiente da Horta da Corona, de modo que se encheram de ramos bravios improdutivos que se fecharam de tal modo que a máquina de varejar não entra nelas, tendo que se utilizar o serrote ou a tesoura para serem apanhadas à mão. Uma manhã onde o Sol aquecia para depois chegar uma nova onda de nevoeiro que arrefecia o corpo.

No final da jornada telefonei para o Lagar a saber se podíamos ir buscar o azeite da azeitona que entregámos ontem de manhã. Iremos amanhã buscá-lo.

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