segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

14.12.23

 

Desde 25 de Outubro que não vejo televisão, com a exceção dos jogos de futebol do Sporting que os vejo sem som. A rádio funciona entre a Antena 1 e a Antena 2, mas é quase sempre um som de fundo, exceto os programas do Prof. Júlio Machado Vaz; até às conversas entre o Pedro Tadeu e o Jaime Nogueira Pinto fui perdendo o interesse; por andar na apanha da azeitona não ouvi a missa radiofónica na Antena 1 a qual ouço para ir sabendo qual o pensamento da instituição, que gostemos ou não, e não sou já religioso, tem ainda um peso enorme na vida dos portugueses e nas suas decisões de escolha; tenho mesmo dúvida se não serão a maior instituição-partido que existe no país embora se digam que não são políticos, mas como tudo na vida é política as suas homilias não deixam de ser comício partidário disfarçado de cariz religioso.

Acompanha-me a musica que obtenho e escolho no YouTube.

Tenho uma ideia como vai o mundo pelas páginas dos jornais e rede social Facebook.

As lutas de poder na política interna, a sempre instituição nacional que foi e é a cunha, as promessas e mentiras políticas de políticos em campanha, o que dizem os papagaios e catatuas sem penas televisivos, os vários especialistas-generalistas que integram painéis de duvidosa independência, já não me incomodam, que se fodam e se comam todos eles e elas.

A atual nobreza republicana reforçada na vitória de Novembro75 sobre Abril74 não é muito diferente da nobreza monárquica do século XVI, o mundo e as condições de vida económica é que mudaram, sendo numa coisa presumivelmente parecidas senão mesmo iguais, pois em 1580 a nobreza conduzida pelo clero inquisitorial entregaram a nossa independência à corte castelhana onde reinava um tal Filipe II sem que antes tivessem auscultado a opinião do povo, para no final do século vinte a nova nobreza republicana nascida e reforçada pela "Nova Ordem Democrática" foi entregando a nossa independência de novo sem consulta popular, a troco de rios de dinheiro aos burocratas em Bruxelas que governam a designada União Europeia. Filipe II de Castela, assim como a Comissão Europeia foram e são instituições com poder legislativo e decisório sem que tenham sido sujeitas ao escrutínio dos cidadãos, um e outros foram e são-nos impostos por um poder abstrato que foi e vai parametrizando o modo de vida comportamental do rebanho que fielmente os seguiu e segue sem levantar dúvidas, sem se interrogar dos porquês.

Sigo solitário na outra margem da vida, consciente da minha situação de republicano pequeno burguês tresmalhado do rebanho mais à esquerda do que do híbrido centro político.

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