sábado, 13 de janeiro de 2024

13.10.23

 

Outra vez mais guerra, mais análises e notícias enviesadas ao serviço da manutenção da decadente ideia do ocidente primeiro mundo.

Não me sinto bem a ver tanta destruição de vidas, tanta encenação quando se olha e ouve a maioria dos repórteres ditos de guerra; eu não acredito nem nas imagens nem no que eles vomitam como sendo a voz do dono.

A guerra é sempre um local, um confronto entre várias fações do mal, nela não existe, não há lugar para o bem, porque combatendo na mesma tens de matar para poderes sonhar e sobreviver; direitos humanos, direito internacional, civis e crianças é tudo palavreado falso de assassinos e seus lacaios que fomentando guerras não sujam as mãos de sangue, suor e morte, que nunca sentiram os pintelhos do cú a bater palmas quando a bomba, a mina rebentam perto ou quando o silvo das balas passa por cima da cabeça.

Ouvir o perigoso e triste presidente americano queixar-se da morte de civis e crianças dá vómitos, cria uma azia tóxica a quem não esquece a história, sabendo que nenhum outro país no planeta matou mais crianças e velhos indefesos do que as forças armadas daquele país na história recente - Nagasaki e Hiroxima com as suas bombas nucleares para êxtase dos ocupantes da Casa Branca, quando a guerra estava ganha, - a utilização de toneladas do químico napalm sobre aldeias de velhos e crianças vietnamitas e mesmo assim saíram derrotados e enxovalhados, e, nem é preciso juntar-lhes as crianças e velhos iraquianos mortos para depois se apoderarem das riquezas naturais desse povo muçulmano. Mas é isto que temos, é isto que nos querem fazer esquecer os servos lacaios ao serviço desse poder ignóbil sem ética nem moral que agora não têm necessidade de um exércitos de bufos e traidores bastando-lhes os satélites com os algoritmos para na comunicação nos controlarem os passos e os pensamentos, deixando-nos viver numa ilusória democracia por eles controlada, sem “lápis azul”.

Possivelmente, este confronto entre fanáticos amantes do mal que ocorre em terras da Palestina e Israel, possa fazer descansar os arautos e lacaios comentadores de serviço no relato único dos confrontos militares em terras da Ucrânia; terras, que historicamente têm mais anos de Rússia do que de Ucrânia, pois as mesmas foram cedidas à então República Socialista da Ucrânia pelo poder dos sovietes à revelia das populações russas dessas mesmas regiões, apenas e só no século passado.

Não, não sou simpatizante nem defensor do Hamas (mais um grupo de fanáticos apoiado por políticos extremistas de Israel que os incentivaram  para enfraquecer a OLP e derrotar a Al Fatah de Yasser Arafat representante do povo palestiniano, prémio Nobel da Paz juntamente com o judeu Shimon Peres, por ter assinado com outro judeu Yitzhak Rabin o acordo de Oslo, vindo este Y. Rabin a ser assassinado por um fanático judeu).

Não simpatizo com o Hamas, nem com a Al Qaeda, o Daesh ou Isis, todos estes fanáticos criados e treinados inicialmente pela ambição fanática do poder americano sempre com o objetivo desses grupos de fanáticos virem a enfraquecer ou derrotar governos difíceis para a política imperialista da Casa Branca, sendo que depois esses fanáticos todos se autonomizaram e passaram a ser só terroristas; poder que se recusa a aprender com os erros porque a sua cegueira de dominar os outros povos, roubando-lhes as riquezas naturais para que o mundo os continue a ver como o país mais poderoso do Planeta não tem limite.

Não gosto dos fanáticos, neles incluo também os judeus, sejam governantes ou ortodoxos, que à revelia de todos os acordos vão expulsando e ocupando terras do povo palestiniano. Acreditei um dia na ideia de «um território dois povos» como o caminho para o entendimento, hoje vejo essa ideia como mais um sonho utópico dos amantes da Paz, de um lado e do outro há fanáticos prontos a sabotar qualquer acordo entre os dois povos.

Nos meus ascendentes tenho cristãos-novos ou seja judeus sefarditas; judeus que mesmo antes da formação do reino habitavam em paz e em concórdia com cristãos e mouros e assim continuaram até à chegada ao trono de Castela e Aragão dos fanáticos Reis Católicos e, pela ambição que o casamento com princesa castelhana podia conceder ao nosso tarado D. Manuel I e seu filho, o fraco e beato D. João III.

Gosto de ler escritores judeus e árabes, como forma de pela leitura ter mais uma visão do que foram antes e depois a vida destes povos e em particular dos judeus sefarditas. Foram muitos dos judeus sefarditas portugueses homens importantes na cultura, no saber, até na cobrança dos impostos reais ao serviços de vários reis que neles depositavam confiança para a administração das finanças reais. O primeiro tratado ginecológico escrito foi elaborado e impresso sob a visão do médico sefardita português que o escreveu, e outras várias realizações importantes os descendentes dos sefarditas portugueses realizaram ou partilharam com outros gentios por esse mundo fora (a cidade de Nova Iorque por exemplo).

Não sou judeu, sou português de lés a lés, depois ibérico e europeu do sul. Vejo, talvez errando, diferenças entres os dois grandes grupos étnicos judeus, os sefarditas originários do norte de África que durante séculos por cá viveram e os asquenazes originários da Europa Central e Oriental, tendo estes vindo a dominar nos governos desde a criação do Estado de Israel pelas potências ocidentais da altura (Inglaterra, Estados Unidos com a concordância da Rússia-Soviética), como forma de com a criação desse Estado se livrarem das comunidades judias existentes nas suas fronteiras. Com a sua criação logo o Estado de Israel passou a ser não só o ponta de lança avançada dos interesses económicos e estratégicos da política expansionista americana, como também a exercer sobre os palestinianos que aí habitavam há muito um política repressiva de ocupante sem respeito pela vida e bens dos palestinianos, exercendo uma política de violência, terror e medo respondendo os palestinianos com ataques designados de terroristas sobre civis israelitas, uma situação caótica que se vai eternizando sem uma solução de paz à vista que permita a vida em segurança aos dois povos.

(foto obtida na net)

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